A neve e os seus incríveis cristais
JOHANNES KEPLER (1571-1630), astrônomo e matemático alemão, primeiro cientista a pesquisar algo sobre a neve, que além de seus outros vários trabalhos científicos, escreveu um sobre os cristais de neve em 1611: “Um Presente de Ano Novo, ou os Cristais de Neve Hexagonais”, no qual discutiu a “razão da forma hexagonal dos cristais de neve”, e “as formas e simetrias na natureza”. Este trabalho é a primeira referência científica dos flocos de neve e cristais de neve.
UKICHIRO NAKAYA (1900 – 1962), físico japonês que estudou a estrutura dos cristais de neve e do gelo. Iniciando em 1930, foi professor de Física na Universidade de Hokkaido. Fascinado pela beleza dos cristais de neve, sua pesquisa incluiu mais de 3.000 fotos dos cristais, produziu cristais de neve artificiais, e estudou a relação entre a estrutura dos cristais e as condições meteorológicas. Criou o primeiro sistema de classificação dos cristais de neve, e foi o primeiro a estudar de modo sistemático a sua formação, e o primeiro a fazer o crescimento artificial dos cristais de neve em laboratório sob condições controladas. Também contribuiu com alguns documentários em fins de 1930 e início de 1940, incluindo “Snow Crystals” (Cristais de Neve) e “Frost Flowers”(Flores Geladas).
Em 1994 foi criado o ”Museu da Neve Ukichiro Nakaya” em Katayamazu, sua cidade natal.
Sobre a Neve
-Filmagens de longo período da neve recém-caída na superfície, quando aceleradas, revelam que ela vai se modificando continuamente ao longo do tempo, comportando-se como se fosse um ser vivo.
-A neve envelhecida apresenta um tom levemente amarelado à medida que o tempo passa, e desta forma também
vai se compactando e endurecendo, tornando-se um gelo mais duro e escorregadio.
-De todas as observações feitas em cristais de gelo, concluiu-se que não existem dois cristais iguais na natureza, de
modo análogo às impressões digitais.
Falando em neve, de vez em quando mesmo num dia e ensolarado, pode ocorrer uma queda de neve logo abaixo da base de uma nuvem, provocando uma faixa esbranquiçada de precipitação facilmente visível, mas à medida que os cristais caem, derretem e evaporam durante a queda, não atingindo a superfície do solo. Em Meteorologia este fenômeno é conhecido por “virga”, do latim “faixa”, “esteira”, “vassoura”.
Autoria: Festa, M. (2020) A neve e seu incríveis cristais.