Solos do Brasil: Gleissolos

Sedimentos argilosos e orgânicos do Quaternário. Foto: Humberto Gonçalves dos Santos. Cassimiro de Abreu-RJ.

Os solos brasileiros se classificam em 13 classes contidas no Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos (SiBCS). Essa diversidade é decorrente da grande extensão territorial do país, o qual apresenta diferentes condições geográficas que influenciam diretamente na formação de diferentes solos. Fatores como clima, geologia e manejo determinam as características químicas, físicas e morfológicas do solo.

Hoje vamos conhecer os gleissolos, do russo "gley", massa pastosa, conotativo do excesso de água encontrado nesses solos.

Os gleissolos ocupam cerca de 4% do país, podendo ser encontrados em áreas que apresentam restrição de drenagem como nas proximidades dos cursos d’água, várzeas e baixadas. Distribuem-se nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Sul e na planície amazônica.

Trata-se de um material muito argiloso, formado por processos de oxidação e redução em ambiente saturado por água e mal drenado (hidromórfico). Caracteriza-se pelo baixo grau de desenvolvimento e pela variabilidade de sua composição química e física porque seu processo de formação depende da natureza do material sedimentado em ambiente de várzea ou depressão. As cores predominantes são acinzentadas e avermelhadas, devido aos processos de oxidação do ferro.

Apesar do potencial para a exploração agrícola, estes solos apresentam limitações de uso e manejo, em razão da elevação do lençol freático durante boa parte do ano.

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Santana, M.; Azarias, V. (2021) Solos do Brasil: Gleissolos.