Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas
Em 16 de março é celebrado o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. A data chama a atenção da população para essa questão e também para a necessidade de ações que reduzam o impacto dessas mudanças sobre a Terra.
O aumento da emissão de gases de efeito estufa (GEEs), como o dióxido de carbono (CO2), é considerado a principal causa do aquecimento global e das mudanças no clima. Estudos do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da Organização das Nações Unidas, a ONU), apresentados ainda em 2013, comprovaram que a ação humana tem intensificado e provocado essas mudanças, principalmente por conta da emissão em excesso de GEEs, seja por queima de combustíveis fósseis para geração de energia ou por desmatamento.
Juntamente com toda a degradação ambiental, a perda de biodiversidade e o desgaste dos recursos naturais no mundo, a emissão desses gases têm causado efeitos importantes na vida do planeta. Já foi possível constatar nos últimos anos a elevação do nível do mar, o derretimento de geleiras, a intensificação de tempestades, dos períodos chuvosos e de secas, entre outros fenômenos, que já vêm afetando a vida de milhares de pessoas no mundo. Aliás, os cientistas do IPCC já constataram o aumento de 1ºC (grau Celsius) na temperatura média da Terra, em relação ao período pré-industrial, e indicam que se ela aumentar até 1,5ºC, as consequências serão muito severas.
Se continuarmos no mesmo ritmo atual, alcançaremos o 1,5ºC entre 2030 e 2052 — ou seja, dentro da expectativa de vida de boa parte da população!
Algumas das principais consequências previstas são:
1,5ºC: 70% a 90% dos corais, que ajudam a regular os oceanos, devem desaparecer; 2ºC: praticamente todos os corais morrerão.
1,5ºC: no Ártico, o derretimento total do gelo pode acontecer a cada verão por século; 2ºC: esse padrão se repetirá uma vez por década.
1,5ºC: centenas de milhares de pessoas ficarão menos expostas aos riscos das mudanças climáticas e à pobreza; 2ºC: essas centenas de milhares de pessoas estarão vulneráveis a esses impactos.
1,5ºC: a proporção da população mundial exposta a crises hídricas seria 50% menor; 2ºC: essa proporção seria 50% maior.
1,5ºC: a pesca perderia 1,5 milhão de toneladas em produtos do mar; 2ºC: as perdas aumentariam para 3 milhões de toneladas.
"Quanto mais demorarmos para reduzir as emissões, mais caro vai custar para mantermos o aumento da temperatura em 2ºC”. Rajendra Pachauri (foi presidente do IPCC)
No Brasil, a maior parte das emissões de GEEs na atmosfera é causada pelo desmatamento. Quando se desmata uma floresta, seja por corte ou queimadas, há liberação de uma grande quantidade de carbono na forma de CO2 para a atmosfera. As florestas são grandes depósitos de carbono, inclusive o solo. Por esta razão, manter as florestas de pé e recompor áreas desmatadas é um importante mecanismo de contribuição para a mitigação dos efeitos do aquecimento global na Terra, além de contribuir para a manutenção dos serviços ecossistêmicos – responsáveis por diversos benefícios que garantem as condições e processos para a vida e que, de maneira direta ou indireta, contribuem para a sobrevivência e o bem-estar humano, como regulação climática e hídrica, conservação da biodiversidade, fertilidade dos solos e ciclagem de nutrientes, polinização, belezas cênicas e outros.
Referências:
Instituto de Pesquisas Ecológicas
Relatório produzido pelo IPCC, vinculado à ONU
Recomendamos:
Live (amanhã, dia 17/03, às 19h): https://youtu.be/nu2bi95yTEc
Título: Episódio 2 - Mudanças Climáticas Globais (Série de Lives do CBSP)
Autoria: Franco, D. (2021) Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas.
Autoria:
Donovan Humphrey de Nardo Baptista Condessa Franco
Revisão:
Flávio Augusto de Souza Berchez (Orientador)