Marie Curie

Hoje, 04 de julho de 2021, completam-se 87 anos da morte de Marie Sklodowska-Curie, a primeira mulher a receber um prêmio Nobel e a única a ganhá-lo por 2 vezes em áreas diferentes.

Nasceu em 07 de novembro de 1867, em Varsóvia, no Reino da Polônia, região dominada então pela Rússia czarista. Maria Salomena Sklodowska e sua irmã, impedidas de ingressarem no ensino superior por serem mulheres, criaram grupos de estudos na clandestina Universidade Volante, instituição polonesa que admitia estudantes mulheres. Em 1891 foi para França, onde se matriculou na Universidade de Paris, formando-se em 1893 em Física e no ano seguinte em Química. 

Em 1895 casou-se com Pierre Curie com quem compartilhou e deu continuidade às suas pesquisas. Três anos depois, o casal apresentou a descoberta de dois novos elementos químicos, o polônio, em homenagem ao seu país natal, e o rádio. Inclusive, o termo radioatividade foi dado pela pesquisadora aos fenômenos da radiação como são conhecidos atualmente.

Em 1903, Marie Curie, Pierre Curie e Antoine-Henri Becquerel dividiram o Prêmio Nobel de Física e três anos depois, Pierre morreu atropelado em um acidente. Mesmo sofrendo sua ausência, Marie deu continuidade aos seus trabalhos, desenvolvendo inclusive um radiógrafo, equipamento para a realização de radiografias.

Apesar de se naturalizar francesa, sofreu perseguição xenofóbica, além de ser difamada por se envolver com ex-aluno de Pierre Curie. Por outro lado, a Real Academia Sueca de Ciências a homenageou pela segunda vez, com o Prêmio Nobel de Química de 1911.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie verificou que soldados feridos poderiam ser impedidos de sofrer amputações desnecessárias e assim, adquiriu equipamentos de raios-X e veículos para criar unidades móveis de radiografia, nascendo o primeiro centro militar de radiologia da França. 

Marie Curie morreu em 1934, aos 66 anos de anemia aplástica, provavelmente causada por exposição à radiação. 

Imagens: Marie Curie (Bettmann/Getty Images) e cartaz do filme: “Radioatividade” (2019).

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Becker, C. (2021) Marie Curie.