Presença de raro minério em moluscos

Cientistas da Universidade de Northwestern, localizada em Illinois, Estados Unidos, constataram a presença de um mineral raro denominado Santabarbaraíte em um organismo vivo. O Santabarbaraite é um mineral de fosfato hidrato, descoberto na Toscana, Itália, no ano 2000. Este mineral raro, presente nos dentes dos moluscos de um tipo de quíton, popularmente conhecido como “Bolo de carne errante” (devido a sua forma estrutural), contém minúsculas partículas de ferro que auxiliam no endurecimento da raiz dos moluscos.

A manifestação do mineral Santabarbaraíte, possibilitou alguns benefícios à ciência. Pesquisadores desenvolveram um novo tipo de material para impressões 3D, e constataram que esses materiais eram mais resistentes e ultraduros que os já existentes. Também foi possível viabilizar um avanço no campo da robótica a partir da utilização desse mineral. Essa prática proporcionou a criação de máquinas mais flexíveis e que são macias e/ou rígidas dependendo do local e da finalidade.

Para essa pesquisa, os cientistas utilizaram a espectroscopia que permitiu adquirirem avançadas técnicas de imagens e consiste no estudo da interação entre a matéria (propriedades físicas e químicas) e a radiação eletromagnética. Com a finalidade de aprofundar os conhecimentos referentes à recente descoberta, os pesquisadores também realizaram estudos com microscopia eletrônica, desta forma, foi possível comprovar a primeira observação deste raro mineral em um organismo vivo.

Misturando este material encontrado no dente dos moluscos com um composto semelhante a quitina e líquidos contendo ferro, fosfato, e, desta forma, é possível a criação de uma pasta com a presença de um mineral semelhante ao Santabarbaraíte. As análises permitiram que os cientistas realizassem uma experimentação no uso de impressões em 3D, produzindo materiais mais resistentes e ultraduros. Outra possibilidade para uso desse material é utilizá-lo no campo da robótica devido à flexibilidade presente em sua estrutura.