Visitando o Meliponário do Parque CienTec

Olá! você está chegando na nossa próxima atração. Na trilha presencial você andaria apenas 50m a partir do portal de entrada para chegar no meliponário do Parque CienTec da USP.


Na foto você consegue ver um monte de caixinhas de madeira sobre uma estante. Olhando melhor, você poderia ver pequenas aberturas em cada caixa, por onde saem pequenas abelhas.


O pessoal do projeto Tem Abelha No Meu Jardim chegou há alguns anos no parque com a missão de divulgar os benefícios da meliponicultura. Atualmente, já montaram 3 estantes com caixinhas de abelhas nativas, além de diversas caixinhas espalhadas ao redor do CienTec.

Conheça o projeto Tem Abelha No Meu Jardim: site, instagram e facebook.

Ops... - Antes de continuar, você acha que conhece bem as abelhas nativas aqui do Brasil? Teste seus conhecimentos antes de fazer a visita e depois confira as respostas nos textos a respeito a seguir

Se você estivesse no CienTec talvez estivesse assustado, pensando já em fugir de uma picada de abelha. Mas não teria porque se preocupar. Essas abelhinhas são diferentes daquela mais comum que vemos na mídia e em histórias. São menores, mais escuras e sem ferrão, ou com ferrão atrofiado, por isso não picam.

Na realidade, essas são as verdadeiras abelhas nativas do Brasil, que pertencem a um grupo que os biólogos dizem que é da “Tribo Meliponini”, ou “abelhas sem ferrão”. As abelhas mais conhecidas e mais criadas para a produção de mel são “estrangeiras”, tendo sido introduzidas no Brasil com finalidades econômicas. Essas, do grupo das Apidae, têm ferrão e realmente podem ser perigosas, mas felizmente não ocorrem no local que você está visitando.

Do nome do grupo vem a palavra Meliponário, que é um conjunto artificial de ninhos dessas abelhas, destinado a sua criação. Cada uma das caixinhas de madeira que falamos corresponde, então, a uma colmeia completa.

As abelhas sem ferrão são sociais e formam colônias com centenas a milhares de indivíduos, incluindo uma rainha ou mais, operárias e zangões que fecundarão as futuras rainhas. São encontradas em troncos ocos, no solo, em espaços entre pedras, ou entre ou dentro de tijolos em construções. Dentro da colônia constroem favos usando a cera produzida pelas próprias abelhas e resinas vegetais. A entrada pode ser identificada por pequenos tubos de barro ou resina, por onde há uma intensa circulação dos indivíduos ao longo do dia.

Se alimentam do pólen existente em flores de plantas nativas. No CienTec, como esse tipo de planta é rara, elas não têm como se alimentar naturalmente. Por isso, semanalmente é necessário colocar em cada caixa um suprimento de água e açúcar para suprir essa falta.

O mel dessas abelhas é mais agradável ao paladar por ser menos doce. Também tem melhores propriedades medicinais do que as abelhas introduzidas, inclusive do própolis. Por outro lado, como são menores, produzem menos mel por colmeias. Tudo isso faz com que o valor do mel seja muito mais caro. 

Dentre as muitas espécies de abelhas sem ferrão, as mais comuns em São Paulo são as conhecidas popularmente por “Jataí”, que muitas vezes ocorrem no solo ou em barrancos, podendo ser localizadas em muitos pontos no CienTec. Seu mel é excelente. Mas há muitas outras, como a Mandaçaia ou a Jandaíra.

O meliponário do Parque Cientec foi construído com o apoio do projeto "Tem Abelha no Meu Jardim" (@temabelhanomeujardim)