Como é organizado o Meliponário?

Na sua visita ao CienTec/USP o seu monitor abriria uma das caixinhas com as colmeias e você poderia ver como ela é por dentro.

Aqui, na visita virtual, podemos descrever essa estrutura para você. Os materiais utilizados para a construção do ninho vem da natureza, como o barro e o própolis, ou são produzidos pelas abelhas, como a cera, secretada pelas abelhas, e o cerume.

A maior parte da estrutura da colônia é de cerume, que é uma mistura da cera e do própolis, muito característica das abelhas sem ferrão.

Com esses materiais, a colônia é construída, dividida no ninho onde ficam as células de cria e nos estoques de alimento, onde ficam potes de cerume contendo pólen ou mel. Em cada célula de cria, a rainha deposita um ovo, que dá origem a uma nova abelha. Nessas células de cria, as operárias depositam alimento suficiente para que as abelhas se alimentem até atingir a fase adulta.

As paredes externas da colônia são denominadas batumes, onde o superior é geralmente grosso, evitando a entrada de água e o inferior, ao contrário, perfurado, permitindo a saída de água e de outras substâncias e a própria ventilação.

Ao se abrir a caixa de madeira com a colônia, muitas vezes temos que abrir o batume superior para visualizar o restante da colônia.

Na caixa é fundamental deixar espaço para a abertura, para entrada e saída das abelhas, onde logo elas constroem alguma estrutura tubular por onde entram e saem no ninho.

Para se conseguir uma colônia pode-se transferir alguma de um local que seja inadequado para as abelhas, como um prédio em demolição. Alternativamente, podemos colocar iscas na natureza e esperar que sejam ocupadas pelas abelhas, que irão desenvolver uma colônia que poderá ser, posteriormente, transferida para uma caixa de meliponário.

Os meliponários, além de sua importância econômica, tem importância em promover a recolonização pelas abelhas de áreas alteradas pelo homem . Elas são fundamentais para a reprodução das plantas, promovendo a polinização. As abelhas sem ferrão, por não serem perigosas, podem ser cultivadas em qualquer local, como parques, jardins e até apartamentos. Fora isso, são nativas dos nossos ecossistemas e co-adaptadas às plantas que aqui ocorrem.